Por Guilherme Sarmiento Uma das grandes estrelas desta 9º Edição do Panorama Internacional Coisa de Cinema, sem dúvida, é o falo. Apesar de eleger o “cu” como protagonista, o filme de Hilton Lacerda abriu novas possibilidades de abordagem do nu frontal/lateral masculino com um atraso de mais de quarenta anos…
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COBERTURA PANORAMA – COMPETITIVA NACIONAL VII
por Thacle de Souza Jessy (BA, 15′), de Paula Lice, Rodrigo Luna e Ronei Jorge Jessy (BA, 15′), de Paula Lice, Rodrigo Luna e Ronei Jorge, é sobre o processo de divinizar. Tornar diva ou divina uma mulher, como…
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COBERTURA PANORAMA – COMPETITIVA NACIONAL V
por Thacle de Souza Hoje a sessão demorou para começar. O atraso se estendia desde a primeira programação, devido ao término tardio da oficina de direção de Juliana Rojas. Eu saí antes do encerramento, precisava almoçar para não perder a próxima sessão. Depois de conferir um trecho de Woody…
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COBERTURA PANORAMA- SESSÃO DESBUNDE
Por ZARA Mesmo com o eventual atraso, o público aguardava ansioso para se deliciar diante da tão desejada sessão Cinema do Desbunde. Se uma das promessas era manter o público de olhos arregalados e sem piscar, o resultado aqui foi plenamente satisfeito. Os atualíssimos curtas, de três minutos cada, envolveram…
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COBERTURA PANORAMA – COMPETITIVA INTERNACIONAL III
Por João Marciano Neto Segunda-feira, uma sessão logo após o almoço, era de se esperar que o público aparecesse atrasado, mas neste dia o cronograma foi cumprido normalmente. Alguns obstáculos precisaram ser quebrados, e quando digo obstáculos digo o sono. Na noite anterior fui dormir tarde e pegar uma sala…
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COBERTURA PANORAMA – TATUAGEM, LIÇÃO DE ESQUI E POUCO MAIS DE UM MÊS
Por Guilherme Sarmiento A primeira sessão da Mostra Competitiva Nacional do 9º Panorama Internacional Coisa de Cinema prometia, e essa promessa atraiu um número significativo de espectadores para o auditório do CAHL (Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB). Aos poucos as cadeiras foram sendo ocupadas por estudantes, turistas…
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COBERTURA PANORAMA – COMPETITIVA NACIONAL II E III
Por João Marciano Neto Assistir à Competitiva Nacional proporcionada pelo Panorama me rendeu várias experiências, pena que nem todas prazerosas. As sessões foram marcadas por atrasos, falhas técnicas durante as conversas com os diretores e, o pior, a tentativa não bem sucedida de assalto que sofri ao retornar para casa…
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COBERTURA PANORAMA – SESSÃO ANIMAGE II (CURTAS ERÓTICOS)
por Thacle de Souza A Vida Sexual dos Dinossauros (Bélgica), de Delphine Hermans Sentei-me para tomar uma cerveja na rodoviária, recanto defronte ao rio Paraguassu, atônito com a irreverência da sessão de animações eróticas. Preservava aquela ansiedade pela próxima sessão, com Tatuagem, de Hilton Lacerda. Divaguei outra vez sobre…
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COBERTURA PANORAMA – COMPETITIVA INTERNACIONAL DE CURTAS II
por Thacle de Souza Mais de Duas Horas (Irã), de Ali Asgari Essas instâncias políticas do cinema revelam-se oniscientes para mim. Sessão à tarde em um feriado, cidade estagnada, vazio nas ruas. Ainda assim, é possível cá no interior da Bahia desmembrar tantos elementos universais em uma captura do…
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COBERTURA PANORAMA- COMPETITIVA INTERNACIONAL DE CURTAS I
Por João Marciano Neto Para quem vem do interior de São Paulo é difícil imaginar que uma amostra internacional chegue a ser exibida fora do eixo das grandes metrópoles audiovisuais do sudeste brasileiro. Em um primeiro contato, o IX Panorama Internacional conseguiu surpreender este pequeno paulista cursando em Cachoeira, Bahia.…
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COBERTURA PANORAMA – ANIMAÇÕES DE PESO: SESSÃO ANIMAGE I (IX Panorama)
Por João Marciano Neto A animação sempre foi um formato comumente associado ao público infantil, e um de seus desafios tem sido mudar esta visão precipitada. Na primeira Sessão Animage do IX Panorama há uma ruptura deste conceito com curtas realmente impressionantes e, por assim dizer, não tão infantis e…
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COBERTURA DO PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA – CACHOEIRA
ABERTURA Por Guilherme Sarmiento Começarei minha cobertura no quarto branco. Estou hospedado no Identidade Brasil, na cidade de Cachoeira, e aqui, cada um dos seis quartos possui a cor de um orixá. O quarto branco é de Oxalá. Deitado na cama após uma viagem de duas horas, deixo que…
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GRAVIDADE
Por Guilherme Sarmiento Pode-se dizer que a grande sacada do diretor mexicano Alfonso Cuarón em Gravidade, além de realizar um filme que impressiona pela capacidade sinestésica, envolvendo o espectador em camadas de sensações deliberadas por um corpo à deriva, foi encontrar um ambiente ideal para elaborar um conjunto de metáforas audiovisuais,…
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NERD OF THE DEAD
Por João Marciano Neto Nerd of the dead é uma websérie brasileira de ação e comédia idealizada por Rodrigo Gasparini. Com o total de quatro episódios e sendo realizada de forma independente, a trama envolve uma dupla de amigos que se encontram no meio de…
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SÍNDROME DE GLAUBER ROCHA
Por João Marciano Não é de meu interesse criticar a postura do cineasta Glauber Rocha, muito menos apresentar alguma teoria ou expressar uma opinião geral por sua variada obra. Na verdade, venho com um intuito de criticar um hábito mais incômodo. Quando, no Cinema Novo, se propagou o…
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RUA AUGUSTA
Por Camila Mota Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido como Emicida, é um rapper brasileiro que traz em suas letras questões de sobrevivência na favela, problemáticas sociais e politicas. Já lançou 3 discos e um EP, os quais fizeram grande sucesso na cena hip-hop nacional. Tendo em sua carreira atuado…
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UM “TELEPHONE”MA
ENTRE O VIDEOCLIPE E O CINEMA Por Rafael Rauedys – “Alô! Alô! Baby!” Bem, em 2010 eu tive o prazer de assistir uma obra cinematográfica deliciosíssima, digo – pensei um pouco-, um videoclipe deliciosíssimo de Lady Gaga, com a direção de Jonas Akerlund… Mas, um momento… Filme? Ou videoclipe?…
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O JAPONÊS OCIDENTAL
A NOVA FORÇA DOS ANIMES Por João Marciano Neto As animações japonesas estão há muito tempo presentes no mercado do entretenimento do mundo ocidental e já deixaram de ser focadas apenas no público japonês. Muitos devem ter conhecido ou assistido alguma, em geral, títulos bem mais populares como Os cavaleiros…
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UM FILME PARA MICHAL
PRIMEIRO LONGA UNIVERSITÁRIO BAIANO Por Guilherme Sarmiento Conheci Michal quando prestava concurso para Professor Adjunto da UFRB. Estava inquieto em cima dos lençóis finos e deslizantes do Cachoeira Apart Hotel. No outro dia, apresentaria meu memorial para a comissão julgadora e, depois, quem sabe, nunca mais voltaria àquela cidade…
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OS DOCES BÁRBAROS
Por Rafael Rauedys “Música, resistência e transgressão”, palavras que se encontram inscritas na célula de cada um dos filmes de Jom Azulay, Rogério Sganzerla e Antonio Fontoura. Produzidos num período muito singular do Brasil, essas obras cinematográficas marcam, assim, os códigos com que a música brasileira a partir de…
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A CARPA E O VENTRÍLOQUO
Por Michel Marie Tradução Fernanda Aguiar C. Martins Costumamos circunscrever a chegada do cinema falado ao ano de 1927, em torno do sucesso de público e comercial, jamais observado anteriormente, do célebre O Cantor de Jazz (The Jazz Singer, Alan Crosland, 6 de outubro de 1927). Sem…
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FOME POR GORE
Por João Marciano Neto Traduzindo do inglês, gore é um termo usado de várias maneira, entre elas para indicar “sangue coagulado”. O termo gore (também conhecido como Splatter) é constantemente associado ao terror por razões bem simples, já que o uso de violência gráfica com o intuito de…
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A RELIGIOSA PORTUGUESA
Por Ian Gadelha Lembro quando, há uns anos atrás, um amigo emprestou-me uma cópia de um filme francês chamado O mundo vivente, de 2003. Nunca tinha ouvido falar de tal filme, e foi com alguma expectativa que o assisti, diante das recomendações enfáticas de meu amigo. Grata foi a…
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O SUPER HERÓI E O REALISMO
Por João Marciano Neto Em definição simples, um super-herói é um personagem fictício dotado de habilidades impressionantes que as utiliza em virtude da justiça. Como na maioria dos casos, a primeira imagem que se forma é de um individuo portador de poderes surpreendentes que vão da capacidade de voar…
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UM VÍDEO DE CINEMA NUMA SALA DIGITAL
O LANÇAMENTO VIRTUAL DE NENHUMA FÓRMULA PARA A CONTEMPORÂNEA VISÃO DE MUNDO Certamente, o Facebook pode obcecar as pessoas muito sensíveis. Atrás de cada perfil, por mais falso que seja, existe um ego lutando para se afirmar e se, ontem, os espectadores contentavam-se em ter sua pulsão escópica satisfeita…
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O APRENDIZADO DA MEMÓRIA
CINEMA BAIANO E PRESERVAÇÃO Por Camila Mota O jornal A tarde do dia 07 de março de 1959, trazia uma manchete intitulada: O cinema baiano já é uma realidade, e referenciava em uma página inteira da ed: 15653 o primeiro longa metragem genuinamente baiano. Foi em 1897, exatamente dois anos…
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A HOSPITALIDADE CANIBAL EM DOGVILLE
A IRONIA DO NARRADOR E O DRAMA TRÁGICO Por Carlos Cézar Mascarenhas de Souza “Dogville pode ficar longe de tudo, mas é muito hospitaleira [grifo meu], é claro.” (Comentário do narrador; no capítulo IX) “Claro, o mundo da imagem existe, mas só nos interessa por sua utilização simbólica,…
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ALBERTO CAVALCANTI E A EXPRESSIVIDADE DOS RUÍDOS
Personagem Raimundo de O Canto do Mar (1953), de Alberto Cavalcanti Por Cecília Nazaré de Lima Reconhecendo que os ruídos por muito tempo foram os esquecidos do som no cinema, tanto em sua aplicação quanto em sua análise, Michel Chion (Chion, 1993: 138) trata desse elemento da banda sonora…
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ENTREVISTA COM CAETANO VELOSO
Por estar em turnê promocional de seu novo CD, Abraçaço, fazer Caetano Veloso parar alguns minutos para responder a um questionário sobre sua relação com o cinema foi uma verdadeira façanha tanto para nós, a equipe editorial da revista, quanto para este que é um dos grandes nomes de…
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CANTO SEM PALAVRAS
A MÚSICA DE SÃO BERNARDO Por Guilherme Maia A presença do compositor e intérprete Caetano Veloso em trilhas sonoras pode ser medida por uma rápida consulta ao Internet Movie Database: Caetano tem o nome citado em 84 títulos, entre documentários e obras de ficção para cinema e televisão.…
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O CINEMA FALADO
TRATADO SOBRE VERBORRAGIA O som deve dar a impressão de ecoar o sentido Alexander Pope Por Guilherme Sarmiento Um dos aspectos que mais chama a atenção em O cinema falado(1986), primeira e única incursão cinematográfica de Caetano Veloso na direção, é justamente a capacidade explicativa e evasiva…
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A CLAQUETE MUSICAL DE CAETANO VELOSO
Por Fred Goes A projeção nacional de Caetano Veloso aconteceu no Festival da Canção da TV Record, em 1967, quando apresentou a canção Alegria, Alegria. Música inaugural do movimento Tropicalista. Já, naquele momento, o compositor/cantor revelava seu especial interesse pelo universo cinematográfico. Era desconhecido do grande público que, desde muito…
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MEMÓRIAS DE UM COMPOSITOR
O MUNDO ENCANTADO E A VIDA REAL NA CRIAÇÃO DE TRILHAS SONORAS Por Fernando Moura Criar e produzir trilhas sonoras para cinema, tv e multimídia, é saber que entre a intenção e o gesto, o roteiro e a finalização de cada trabalho, o melhor é estar preparado para tudo: sagas…
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NANOOK ENSEMBLE
POR DENTRO DA ORQUESTRA Por Cláudio Seixas Introdução Os organizadores do primeiro festival de documentários da cidade de Cachoeira, CachoeiraDoc, na Bahia, em 2010, propuseram que a abertura desse evento fosse feita com a exibição do filme Nanook do norte (Nanook of the north, 1922), dirigido por Robert Flaherty,…
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CINEMA PUNK
ARQUIVO, MONTAGEM E ESTÉTICA DE “O LIXO E A FÚRIA” Por Gabriela Machado Ramos de Almeida Se fosse o caso de definir em poucas palavras o documentário O lixo e a fúria (Julien Temple, 2000), diríamos que se trata de um filme “punk”i sobre o movimento punk, dedicado a uma…
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PARCERIA VIDEOCLÍPICA
ANNIE LENNOX & SOPHIE MULLER Por Rodrigo Ribeiro Barreto No contexto anglo-estadunidense, artistas femininas participaram precocemente da consolidação e popularização dos videoclipes. Tal inclinação primeva em utilizar os vídeos musicais se contrapôs a uma indisposição disseminada no mainstream musical e roqueiro, que no fim dos anos de 1970 e início…
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VIDEOCLIPE NO RECÔNCAVO
UMA CARTOGRAFIA MUSICAL Por Cláudio Manoel Duarte (claudiomanoelufrb@gmail.com) A ideia é simples. O projeto Videoclipe no Recôncavo é uma das atividades de elaboração de conteúdos da disciplina de Produção do Curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, em articulação interdisciplinar com Oficinas Orientadas de Audiovisual e, eventualmente, com Direção. A articulação dessas disciplinas…
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A MUSICALIDADE VISUAL
A EXPRESSÃO DO SOM NO CINEMA MUDO Por Emerson Santos Graduando do Grupo de Pesquisa AIS – Análise da Imagem e dom Som, sob a coordenação de Fernanda Aguiar C. Martins “O som não foi introduzido no cinema mudo: saiu dele. Surgiu na necessidade que levou nosso cinema a…
Continuar a lerAS MULHERES DE JOHANNES VERMEER E O FILME MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA
ENTRE SUJEITO E OBJETO por Cristina Susigan Os estudos de obras de artes, em especial as telas de um determinado período histórico, constituem um amplo universo de informações a ser explorado. Partindo do princípio de que toda imagem conta uma história (BURKE, 2004: 175), o foco aqui…
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CRIME NO SACOPÃ
FILME PERDIDO OU ESCONDIDO? A Trajetória do Artesão Sonhador Roberto Pires, nascido em Salvador em 29 de setembro de 1934, foi o “cineasta e inventor” da cinematografia baiana. Mesmo tendo Alexandre Robatto Filho como pioneiro, é Roberto quem vai conseguir angariar esse titulo, com sua teimosia, tenacidade e persistência,…
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VISÕES DA MARGEM
COPACABANA MON AMOUR E O SOM AO REDOR Por Rafael Rauedys De A margem a estética da marginalização Em 1967, Ozualdo R. Candeias lança seu primeiro longa metragem, intitulado A margem. Seu filme surge num cenário que configura o que poderíamos chamar do protótipo de um novo movimento cinematográfico brasileiro,…
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JARDS
Camila Mota Cinema e música unem-se novamente no documentário de Eryk Rocha. Não é nenhuma novidade vermos essas duas formas artísticas agirem de maneira conjunta, afinal desde os primórdios do cinematógrafo que a música o acompanha. O que chama atenção em Jards é a maneira artesanal com que Eryk Rocha…
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TRABALHAR CANSA
Por Ian Gadelha Trabalhar cansa é um filme diferenciado dentro do cinema brasileiro contemporâneo: não pela temática que aborda, mas pela escolha de um viés sobrenatural e fantástico para temas tão caros à sociedade. A trama é simples: Helena, mulher de classe média, resolve alugar um velho mercado…
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NARRADORES DE JAVÉ SEGUNDO GIDDENS
Por Gleydson Públio A sociologia, segundo Giddens, “é o estudo da vida social humana” (GIDDENS, p.24, 2005), e usando tal definição podemos analisar aspectos do filme Narradores de Javé, pois ele nos faz refletir sobre vários aspectos de nossa sociedade. O presente texto faz uma breve análise do filme e…
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ENTREVISTA – MIKA KAURISMAKI
Por mais que Mika Kaurismaki tente ser discreto, acaba chamando a atenção por revelar com sua aparência tudo aquilo que imaginamos como estrangeiro. Na verdade, trata-se de um cineasta em permanente trânsito: nascido na Finlândia, mora no Brasil e filma em toda a parte do mundo. Desde a década de…
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AMOR
MICHAEL HANEKE E AS LÁGRIMAS Logo que cheguei à Sala de Arte Vivo Paseo, localizada em um shopping pequeno e burguês, onde se serve no saguão comida mexicana com um acentuado gosto de cominho, uma velhinha simpática pegava da mão do bilheteiro o seu troco. Ela iria assistir ao filme…
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BOA VISTA PARA O MUNDO
Infância, Memória e Imagem “As crianças pequenas têm muito mais percepção do que termos para traduzi-las; sua visão é em todos os momentos mais rica, sua captação é sempre mais forte que o vocabulário do qual podem dispor”. Henry James 1. Introdução A partir das imagens produzidas…
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O CAVALO DE TURIM EM DEZ PONTOS
Por Luís Mendonça Em off ouvimos “a história”. Século XIX. Nietzsche agarra-se a um cavalo que é fustigado por um cocheiro. Pouco depois, enlouquece e cala-se para sempre. Logo a seguir, as imagens acendem-se como uma lamparina antiga e ouvimos, em on, cada plano. (1) Um cavalo em primeiro plano…
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ENTREVISTA COM HELENA IGNEZ
UMA PERSONAGEM MAIOR DO QUE A VIDA [vimeo 54199668] Quando chego a São Paulo, uma surpresa: entro em um taxi conduzido por uma mulher. Dona Violeta, uma senhora de cinquenta anos, possui a curiosidade metafísica comum a todos os taxistas. Com o olhar atento ao trânsito, pergunta-me de onde venho…
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NOTAS SOBRE LUZ NAS TREVAS
POR OCASIÃO DA HOMENAGEM A HELENA IGNEZ Por Ismail Xavier Em Canção de Baal, Helena Ignez realizou um espetáculo de alta densidade, verdadeira pérola de um cinema contemporâneo rarefeito em criações desta envergadura. O filme incorpora uma experiência cultural das últimas décadas que Helena simboliza em seu extraordinário percurso de…
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HERMILO CONTRA EVALDO
A PRIMEIRA TEORIA DO CINEMA DO BRASIL Por Paulo Carneiro da Cunha Filho Este artigo resgata a repercussão do livro A Imagem Autônoma, lançado em 1972, e a polêmica intelectual envolvendo dois intelectuais pernambucanos: o filósofo Evaldo Coutinho e o romancista Hermilo Borba Filho. Os argumentos revivem as polémicas…
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ROTEIRO DO SUDOSTE
Por Guilherme Sarmiento Logo após se separar do segundo casamento, minha avó foi morar sozinha em Monte Alto, vilarejo de Arraial do Cabo, localizado, mais ou menos, a 18 km de Cabo Frio. Eu e meu irmão, muitas vezes, íamos passar os fins de semana lá. O percurso entre minha…
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CINEMA E ANTROPOLOGIA
Por José da Silva Ribeiro Em Setembro de 2009, realizou-se em Portugal o I Festival de Cinema Antropológico e o estudo sistemático do cinema em antropologia tem dado no país, ainda que hesitantes, os primeiros passos. Em primeiro lugar foram muitos os colegas antropólogos ou documentaristas que fizeram…
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A 24 QUADROS
TEMPOS E MOVIMENTOS EM HELENA IGNEZ [vimeo 55791083] Por Camila Yallouz e Glenda Nicácio “- Eu sou simplesmente uma mulher do século XXI, sou um demônio antiocidental. Eu cheguei antes, por isso sou errada assim!” [1] Subindo por um balão e desaparecendo no infinito das galáxias,…
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ÍNDIOS E REGISTROS FÍLMICOS
FILMES DO LABORATÓRIO DE ANTROPOLOGIA VISUAL EM ALAGOAS Por Sílvia Aguiar Carneiro Martins O presente trabalho propõe uma reflexão a respeito dos filmes produzidos por pesquisadores do AVAL – Grupo de Pesquisa Antropologia Visual em Alagoas, fundado em 2004, com pesquisadores vinculados a diferentes instituições. Como um grupo de pesquisa…
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CANÇÃO DE BAAL
UM ÉPICO CONTEMPORÂNEO. Por Angelita Bogado Helena Ignez, atriz consagrada pelo cinema brasileiro, apresenta ousadia e originalidade em seu longa metragem de estreia Canção de Baal (2008). Inspirada na obra do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956), Ignez reverencia o teatrólogo, mas também o subverte. Esta leitura apontará o…
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FEMINA
CONTRIBUIÇÃO PARA UM CINEMA MAIS FEMININO [vimeo 54336614] Por Paula Alves A mulher no cinema Segundo Buet (BUET, 1999: p.4-19), nas primeiras décadas do cinema, as mulheres estavam presentes principalmente como atrizes e assistentes. A presença na direção era rara. O cinema de mulheres desponta na Europa especialmente…
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CINEMA DOCUMENTÁRIO, OU NÃO
O REAL E A POÉTICA DO COTIDIANO EM VIAJO PORQUE PRECISO VOLTO PORQUE TE AMO E AVENIDA BRASÍLIA FORMOSA *Este artigo foi publicado no livro Salve o Cinema II, organizado por Fábio Henrique Nunes Medeiros e Taiza Mara Rauen Moraes, Editora da Univille, Joinville, 2011. Por Alexandre Figueirôa Introdução…
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CARMEN SANTOS
SOB A LUZ DAS ESTRELAS Por Ana Pessoa À primeira vista, a biografia de Carmen Santos (1904-1952) mais parece um conto de fadas dos tempos modernos: uma pobre imigrante se torna uma sedutora estrela e influente produtora de cinema. Ao se acompanhar o percurso pessoal de Carmen,…
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COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS
OS ÍNDIOS TUPINAMBÁS SOB A ÓTICA FEMININA Por Juliana Barreto Farias Em meados da década de 1960, durante o processo de criação do roteiro, dos cenários e figurinos do filme Como era gostoso meu francês, Nelson Pereira dos Santos procurou “ler tudo” que se relacionasse com os…
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EU, ASSISTENTE DE CÂMERA, MULHER
[vimeo 55728269] Por Renata Reis Ingressei na faculdade de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense, localizada em Niterói, em 1993, sem ter ideia do que seria trabalhar com cinema. Tinha apenas o desejo de escrever roteiros e dirigir filmes. Durante o curso, nosso professor de Iluminação…
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AS MUSAS DA PORNOCHANCHADA
[vimeo 55722427] Por Jorge Barboza Em 1970 As musas da pornochanchada… Bem, falar de pornochanchada hoje em dia, quem vai se lembrar? Nós, claro, os cinquentões cinéfilos de um momento muito especial do cinema – quando éramos adolescentes e o país sobrevivia a uma ditadura militar. O…
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A IMAGEM AMBÍGUA – NARRAÇÃO E DESEJO
UMA LEITURA DE ORLANDO [vimeo 55121021] Por Rita Lima As primeiras observações de Virginia Woolf, ao nos apresentar Orlando (1928), é de que não há dúvidas a respeito do seu sexo. Logo em seguida, algumas páginas adiante, ela afirma o desejo do seu personagem: escrever, narrar, enchendo de versos…
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REVISTA CINEMA LIVRE
No início da década de 1980, o cineasta e crítico José Umberto elaborou um projeto de revista onde cada número seria editado por um cineasta convidado, com autonomia para elencar sua própria equipe de redatores e colaboradores. A iniciativa gerou 4 edições, a primeira delas montada pelo próprio José Umberto.…
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ENTREVISTA COM LEON SAMPAIO
Hoje vamos continuar a série de entrevistas com os realizadores baianos apresentando uma “prata da casa”: Leon Sampaio, aluno do curso de cinema da UFRB. Seu curta O cadeado, sobre um professor que encontra a escola fechada e é impedido de dar aula, vem, sem grandes alardes, ganhando prêmios nos…
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ENTREVISTA COM MARCELO MATOS
O que o cinema baiano tem? Para entender um pouco mais sobre o cenário atual da produção de cinema na Bahia, a revista CineCachoeira está programando uma série de entrevistas e críticas que mostrem a emergência de uma turma que aos poucos está saindo do silêncio e mostrando um trabalho…
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GARAPA
Por Jessé Patrício Desde os anos sessenta com o Cinema Novo, a Caravana Farkas e os documentários sociológicos, que o povo do sertão nordestino ganhou certa visibilidade na cinematografia nacional, porém, poucos filmes dessa vertente cinematográfica conseguiram mostrar a miséria de um povo esquecido pelos poderes públicos através de…
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APONTAMENTOS SOBRE O 17º FBCU
Por Guilherme Sarmiento Logo que pisei no aeroporto Antônio Carlos Jobim, meu celular tocou. Era Jocimar, da recepção do Festival Brasileiro de Cinema Universitário. Chegava ao Rio de Janeiro como Júri da Mostra Nacional de Curtas. A cada passo que dava em direção ao perímetro de ação do evento, ia…
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A CHINESA
Por Camila Mota É impressionante como obras antigas ainda podem nos marcar fortemente. Essa semana me peguei investigando filmes antigos e eis que encontro um filme de Godard esquecido aqui entre meus dvd’s, A chinesa, de 1967. Quarenta e cinco anos depois, me pego bestificada e encantada novamente por essa…
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BATMAN, O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE
Por Camila Mota, aluna bolsista da revista Cinecachoeira Depois de esperar ansiosamente e durante meses, eis que enfim estreou Batman, o cavaleiro das trevas ressurge. Primeiramente ouso afirmar, que o filme me surpreendeu, e muito, não somente com uma fotografia e uma trilha sonora para mim perfeitas, mas até mesmo…
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LEOPOLDO SERRAN
UMA CÂMERA SOBRE LIVROS Artigo Publicado originalmente no catálogo da mostra Leopoldo Serran, escrevendo imagens (2012) Por Guilherme Sarmiento Antes de avaliar os méritos das adaptações cinematográficas realizadas por Leopoldo Serran, gostaria de chamar a atenção para algumas dificuldades que todo crítico ou ensaísta encontra ao tratar o roteiro como…
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HESHER
Por Camila Mota A falta da mãe pode causar diversos distúrbios no ambiente familiar e, principalmente, na vida de uma criança. O filme Hesher trata exatamente desta questão. É interessante ainda, pois apesar de ser um drama, onde questões familiares são abordadas, o diretor cria uma forte ligação, e até…
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PRO DIA NASCER FELIZ
por Jessé Patrício Que a educação do país sempre foi um dos nossos principais problemas isso todo mundo já sabe, porém João Jardim no seu filme Pro dia nascer feliz (2006) tenta retratar, mesmo que de maneira generalizada, quais são os verdadeiros defeitos desse sistema educacional que se mostra…
Continuar a lerCASTELO/APIPUCOS
DOIS CURTAS DE JOAQUIM PEDRO DE ANDRADE Por Guilherme Sarmiento Cardiovitol O ano, por volta de 1952, quando o escritor modernista já recebia injeções de cardiovitol na veia e arrastava os pés inchados pelos cômodos da rua Ricardo Batista, 18, quinto andar/SP. O dia: 15 de agosto. A hora:…
Continuar a lerENSAIOS DE VIDA – VARDA E O CINEMA
Por Camila Yallouz “Ver também é um movimento. Ver supõe apenas uma separação compassada e mensurável; ver é sempre ver à distância, mas deixando a distância devolver-nos aquilo que ela nos tira”. MauriceBlanchot 1. Introdução Dois autores serão utilizados para refletir sobre as mudanças que acontecem na nossa…
Continuar a lerFREAKS
TODOS SOMOS FREAKS Por André Araújo A cada dia, o cinema nos prega uma peça, nos surpreende com o seu poder de unir, numa mesma obra, sentimentos tão diversos, que vão da repulsa à identificação. É impossível sair indiferente a uma sessão de Freaks. O filme rodado em 1932, e…
Continuar a lerO CORVO
Por Camila Mota Edgar Allan Poe foi um escritor, poeta, romancista e crítico literário estado-unidense, e que nesse filme, aparece como o único capaz de poder resolver os crimes que vem acontecendo na cidade de Baltimore. O filme traz ainda a suposta história de como Poe morreu, e de como…
Continuar a lerCAVALO DE TURIM
NIETZSCHE, O PROFETA DO APOCALIPSE Por Guilherme Sarmiento Há algumas semanas atrás, Carolina Dieckman saiu da livraria com um volume de Nietzsche debaixo do braço. Posicionou o exemplar de maneira a deixar o nome do filósofo bem nítido, junto de suas axilas perfumadas, num ângulo que permitisse aos paparazzo veicularem…
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FILMES IRANIANOS
A IMAGEM COPIADA Por Guilherme Sarmiento Sempre estranhei o fato do Irã, um país islâmico e, consequentemente, avesso a qualquer tipo de idolatria através da representação, seja ela artística ou religiosa, tenha se tornado celeiro de um culto tão deslumbrante às imagens em movimento. Quem permitiu a este grupo…
Continuar a lerHITLER TERCEIRO MUNDO
Por Camila Yallouz 1.Introdução José Agrippino de Paula, escritor, poeta, dramaturgo, performático e cineasta, faleceu em 2007 e apenas depois de sua morte foi devidamente visto pela crítica. Seu filme Hitler terceiro mundo jamais foi exibido comercialmente e é um caso exemplar de arte das bordas. Produzido no…
Continuar a lerGIRIMUNHO
Por Maíra Silva Conde Fernandes Girimunho gira em torno da vida cotidiana de Dona Bastu, que recentemente ficou viúva do ferreiro Feliciano e busca a calma através de lembranças e sinais do dia a dia. Tem grande apego à vizinha Maria do Boi, que carrega a tradição nos tambores e…
Continuar a lerUM DIA NA RAMPA
A CESTA CÂMERA Por Diego Jesus Um dia na Rampa (1960), de Luiz Paulino dos Santos, concentra-se num espaço geográfico da cidade de Salvador e tenta explicá-lo a partir das relações sociais existentes nele. Como o subir e descer da Rampa do Mercado Modelo e sua reverberação na dinâmica do…
Continuar a lerDOIS COELHOS
Por Camila Mota Nos dias atuais, uma das grandes discussões é de como vídeos que são postados na internet fazem tanto sucesso, como esse meio que até alguns anos atrás era de difícil acesso para as massas, como consegue atingir milhares de espectadores. Claro que com o barateamento e…
Continuar a lerESTÔMAGO
Por Camila Mota No estomago tudo se mistura e vira uma coisa só. Raimundo Nonato, é o protagonista nessa história, vindo do interior, ele chega na capital para tentar mudar a sorte e melhorar de vida. No primeiro momento temos a apresentação de Raimundo Nonato e de Seu…
Continuar a lerANAIS DOS SEMINÁRIOS DE PESQUISA E EXTENSÃO
Com o objetivo de promover a visibilidade e a interdisciplinaridade de projetos de pesquisa e extensão realizados no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), foi promovido de 12 a 14 de dezembro de 2011, no Hansen Bahia, em Cachoeira, o I…
Continuar a lerA PUBLICIDADE NA BAHIA
Por Guilherme Sarmiento Acho que foi na época em que o Garotinho era governador, mas pode ter sido quando ocupava a Secretaria de Segurança de Rosinha Garotinho. Este casal tem o dom dos ventríloquos, de modo que hoje já não sei exatamente quem falava por trás de quem. Sei que uma voz…
Continuar a lerXINGU
Por Camila Mota 1943, os irmãos Villas Bôas partem para uma viagem em busca de novas descobertas, em busca dos índios que viviam no Mato Grosso e que o governo procurava cada vez mais fazer contato. A história do Parque Nacional do Xingu nos é contada de uma maneira clássica…
Continuar a lerUMA LEITURA DE ZÉ DO CAIXÃO
INDAGAÇÕES HISTÓRICAS E ESTÉTICAS SOBRE O CINEMA MARGINAL Por Thacle de Souza 1. Sobre Zé do Caixão & o cinema marginal Esta análise de Zé do Caixão é guiada pela bibliografia do crítico Jairo Ferreira, em seus livros “Cinema de Invenção” e “Críticas de Invenção”, e por uma tentativa de…
Continuar a lerVIDA LOUCA – A VINGANÇA DE UM MOTOBOY
O NAIF NO CINEMA Por Guilherme Sarmiento Um dia destes eu e Juliana hospedamos em nossa casa Adriana Dantas, professora de História do Brasil da UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana. Eu não a conhecia pessoalmente e, como é comum nestes contatos iniciais, conversamos rapidamente sobre nossa identidade…
Continuar a lerCINEMA E ANARQUIA
RESENHA DE UM LIVRO FUNDAMENTAL Por Margarida Maria Adamatti No fim de 2009, a Cinemateca Brasileira traduziu e publicou um livro sobre cinema e história, mas o trabalho não repercutiu como devia. Apesar dos deslizes da tradução (as notas de rodapé – mais de 400 – estão fora de ordem),…
Continuar a lerA INVENÇÃO DE HUGO CABRET
Por Camila Mota As pessoas sempre me perguntam por que fui estudar cinema, o que aprendo na faculdade e assim por diante. No início sentia somente um prazer que não sabia bem de onde surgia, em estar ali aprendendo sobre algo tão maravilhoso e que muito me intrigava. As curiosidades…
Continuar a lerO INÍCIO, O FIM E O MEIO
A HISTÓRIA DE RAUL SEIXAS Diogo Nunes O documentário Raul Seixas: o inicio, o fim e o meio (2012), dirigido por Walter Carvalho, é um filme revelador. Com a proposta de contar a história do roqueiro baiano, apresenta Raulzito como nenhuma outra encenação havia apresentado – que já contou com…
Continuar a lerMALHANDO A MTV
Por Guilherme Sarmiento Todos os dias, entre meio dia e uma da tarde, desço ao térreo do meu prédio e sigo até um pequeno cômodo envidraçado, no qual os condôminos com as mensalidades em dia podem desfrutar de duas esteiras, um elíptico e alguns acessórios para exercícios aeróbicos básicos.…
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BREVE ANÁLISE DE FOTOGRAFIA DE PIERRE VERGER
O EVIDENTE E O SUTIL por Sandra R. Ramalho e Oliveira tradução Fernanda Aguiar C. Martins Esse ensaio foi escrito originalmente para ser apresentado no “Encontro de Antropologia Visual e de Estudo da Imagem: um Diálogo entre Brasil e França”, realizado na Universidade Paris VII – Paris Diderot…
Continuar a lerHABEMUS PAPAM
BARTLEBY NO VATICANO Por Guilherme Sarmiento Semana passada, para distrair meu filho de quatro anos, resolvi ler para ele A divina Comédia, de Dante. Era uma versão adaptada por Seymor Ghwast e recentemente publicada pelo selo de quadrinhos da Companhia das Letras. Conforme avançava na narrativa, percebia que os desenhos…
Continuar a lerO BRASIL COMO O OUTRO
A DICOTOMIA CLÁSSICA “NÓS-ELES” NO CINEMA por Dagoberto José Bordin 1. Introdução A dicotomia “nós-eles”, como método de classificação no âmbito da antropologia, pode não fazer mais muito sentido no século XXI, nas sociedades pós-coloniais, quando escasseiam cada vez mais nossas tradicionais comunidades de “nativos” e o sujeito/objeto das…
Continuar a lerA ALEGRIA – O RETORNO À ALEGORIA
Por Emerson Dias Não por acaso A alegria (2010) se afirma enquanto gênero: um filme de super-heróis. Nessa fábula assistimos às aventuras diárias da jovem Luíza juntamente com seus amigos Leandro, Duda e Marcela na cruel jornada de tentar colorir e dar vida a um mundo inumano, medroso e apático.…
Continuar a lerO ARTISTA
UMA VIAGEM NO TEMPO Por Guilherme Sarmiento Ainda no início da sessão do filme O artista, comecei a imaginar como os espectadores do século passado, especialmente aqueles que viveram os conturbados anos 20, receberiam o filme dirigido por Michel Hazanavicius. Tentei me colocar no lugar daquela platéia cujo olhar viu…
Continuar a lerTRANSEUNTE
A GLORIOSA OPACIDADE DO ROSTO Por Guilherme Sarmiento Desde Rocha que voa, Eryk Rocha – assim como seus irmãos – deixou em suas obras a circunspecção de herdeiros mais preocupados em reverenciar a memória paterna do que afirmar as diferenças geracionais com relação ao Cinema Novo e sua liderança. Seu…
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