Por Denise Cláudio Nanatsu no taizai (七つの大罪 lit. Os sete pecados capitais) ou, como conhecido no ocidente, The seven deadly sins é um anime baseado em um mangá de mesmo nome. A história se passa no Reino de Liones, durante a Idade Média, em um universo onde a magia existe…
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XIII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA – DIA 6
As sessões do dia 14/11 contaram com três longas e dois curtas-metragens. Apesar das temáticas bastante variadas, os filmes parecem ligar-se pela forte crítica social que reúnem. Seja a uma sociedade do trabalho compulsivo, ao enclausuramento das massas ou ao preconceito racial. Direta ou indiretamente, nascem de certa inquietação social…
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XIII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA – ENCERRAMENTO
Yann Waise Dia de encerramento. A sala vazia da última sessão competitiva não é sintoma algum da qualidade dos filmes. Peito vazio, Mamata e Antônio um dois três – 3 filmes de qualidade inegável tanto na fotografia quanto na montagem; qualidade essa que foi apreciada por poucas pessoas. Talvez por…
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XIII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA – DIA 5
Flávia Novais Estando a primeira vez no Panorama, o XIII Panorama Internacional coisa de cinema, estava ansiosa para assistir os filmes e prestigiar o evento. Talvez pelo fato do evento ter repercutido, esperava um público maior, mas isso não tirou minhas expectativas do que estava prestes a vir. Comecei assistindo…
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XIII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA – DIA 4
Bárbara Carmo Uma boa palavra para definir o quarto do dia do Panorama em Cachoeira seria: inesperado. O Cine Theatro Cachoeirano encontrava-se inesperadamente vazio para a sessão das 17 horas, tanto que os organizadores decidiram adiar em quinze minutos o seu início na esperança de preencher, pelo menos parcialmente, as…
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XIII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA – DIA 3
Por Giovane Alcântara PANORAMA BRASIL II Chego no CineTheatro Cachoeirano antes da sessão das 17h. Confesso que estava indiferente em relação ao filme que iria passar no Panorama Brasil II e pouco me importava se ele seria bom ou ruim. A sessão está vazia; pouquíssimas pessoas assistem a Histórias que…
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XIII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA – DIA 2
Por Matheus Leone Os filmes da Competitiva Nacional do segundo dia do XIII Panorama Internacional Coisa de Cinema em Cachoeira parecem terem sido agrupados por suas capacidades em dar espaço às dissidências sexuais e de gênero, à relutância em se conformalizar a uma narrativa transparente e à manifestação de corpos…
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XIII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA-ABERTURA
Por Flávio Reis Há sempre uma grande expectativa quanto a filmes de longas metragens produzidos na Bahia. Durante a mostra de abertura do Festival, Cachoeira foi presenteada com mais uma obra que apresenta uma Bahia sem os tantos clichês que cercam os produzidos aqui. Pra começar, em vez de focar…
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V CINEVIRADA
Por Matheus Leone Realizado pelo grupo PET Cinema do curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, a quinta edição do festival de cinema universitário da Bahia, o Cine Virada, aconteceu este ano nos dias 26 e 27 de outubro, composto por três mostras e uma mesa de debate sobre as…
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A HISTÓRIA DE UMA PENA
Videocast de Daniel Sal Por Yann Waise O quinto curta do precoce cineasta cearense Leonardo Mouramateus traz consigo, agora, a simplicidade da vida, porém, exposta na carne crua. História de uma pena é mais do que um filme sobre poucos jovens confinados em um ambiente escolar. O que aparentava ser…
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TRAVESSIA
Por Fábio Rodrigues Filho Uma imagem de arquivo inicia o curta Travessia. Para melhor dizer, partes dessa imagem nos aparecem como uma tentativa de desvelar um quebra-cabeça. Os pés com sandália de dedo, o vestido até o joelho, as mãos negras segurando uma criança branca, o rosto de uma mulher…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
QUARTO DIA – MOSTRA COMPETITIVA Por Bárbara do Carmo Cachoeira, 09 de setembro de 2017, 14 horas. Em frente ao CineTheatro Cachoeirano, uma massa de pessoas se reúne. É a última sessão da Mostra Competitiva do CachoeiraDoc e se trata de uma estreia. Os assentos foram rapidamente ocupados e, durante…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
TERCEIRO DIA – MOSTRA COMPETITIVA Por Flávio Reis Em Elas Continuam Lutando, (De: Viny Psoa e Lívia Perez, São Paulo, 2017, 22min) Elisangela Silva, Carmen Benedita e Gina Souza deram vozes aos moradores da Ocupação Pinheirinho, uma comunidade desenvolvida num terreno pertencente ao empresário Naji Nahas, desocupada em 2012 por…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
TERCEIRO DIA – MOSTRA COMPETITIVA Por Denise Cláudio No terceiro dia do festival de documentários de Cachoeira, na sessão das 17h, foram exibidos três filmes, Historiografia, Anamnese e Escolas em luta, sendo os dois primeiros curtas–metragens. Diferente da sessão das 17h do dia anterior, a do dia 08 exibiu filmes…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
TERCEIRO DIA-MOSTRA COMPETITIVA Por Yann Waize Independente do juízo de valor que isso possa gerar, a VIII edição do CachoeiraDoc se renova este ano. O festival tem se demonstrado mais engajado politicamente. Isso não é uma crítica ao parnasiano, mas sim uma alusão ao fato de que um ano após…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
SEGUNDO DIA – MOSTRA COMPETITIVA Flávia Novais A segunda noite de mostra competitiva no CachoeiraDoc deu o que falar. Isso porque a sessão foi repleta de emoções e reflexões diante dos filmes exibidos, cujo assunto foi comunidade LGBT. A sessão começou com muitos aplausos e prestígios diante do filme que…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
SEGUNDO DIA – MOSTRA COMPETITIVA Por Denise Cláudio No dia 07 de setembro, na sessão das 17h, o segundo dia da mostra competitiva da oitava edição do Cachoeira doc., o Cine Theatro Cachoeirano – tão lotado que algumas pessoas tiveram que se acomodar no chão – recebeu o curta Filme…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
MOSTRA COMPETITIVA-SEGUNDO DIA Por Fernanda Mathieu Mais um dia posso elogiar a escolha dos filmes feita pela curadoria no segundo dia de exibição da mostra competitiva do CachoeiraDoc, 7 de setembro de 2017. A seleção dos filmes tem se mostrado de extrema qualidade quando nos vemos diante de filmes que…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
PRIMEIRO DIA-MOSTRA COMPETITIVA Por Flávio Reis Em Cidadão Kane, Orson Welles cunhou um termo que perseguiu a história do começo ao fim. O personagem principal, em seu leito de morte, disse momentos antes de morrer a palavra “Rosebud”. Fernando Weller montou seu filme Em nome da América com uma estrutura…
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COBERTURA CACHOEIRA DOC OITAVA EDIÇÃO
PRIMEIRO DIA – MOSTRA COMPETITIVA Por Hanna Vasconcelos Não foi o cinema que levou ou construiu a comunidade e a resistência de Izidora, nem colocou os Guarani-Kaiowá dentro de seu Tekoha. Em ambos os filmes, mesmo se tratando de culturas e contextos distintos, pois a luta pela terra é a…
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COBERTURA CACHOEIRA DOC OITAVA EDIÇÃO
PRIMEIRA SESSÃO DA MOSTRA COMPETITIVA-CURTAS Por Fernanda Mathieu A Curadoria da oitava edição do Cachoeira Doc fez um ótimo trabalho de curadoria ao evocar uma coerência e diálogo entre a sessão de abertura, representada por “Quilombo Rio dos Macacos”, de Josias Pires, e, até então, os filmes do primeiro dia…
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COBERTURA CACHOEIRADOC OITAVA EDIÇÃO
SESSÃO DE ABERTURA Por Rafael Beck A noite de abertura do VIII CachoeiraDoc, o Festival de Documentários de Cachoeira, dimensionou o quão incendiária pretende ser esta edição, que parece se identificar com uma resistência a esse governo pós-golpe e ao sistema capitalista pós-moderno que garante que os homens brancos, ricos,…
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DE CANÇÃO EM CANÇÃO
Por Matheus Leone Entre os vinte anos que separam os lançamentos de Cinzas no paraíso e o seu filme seguinte, Além da linha vermelha, Terrence Malick desenvolveu um gosto pelos Grandes Temas. Após explorar guerra (Além da linha vermelha), colonização (O novo mundo) e a própria vida (A árvore da…
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TRÊS VISÕES SOBRE Z – A CIDADE PERDIDA
Por Matheus Leone Enquanto os primeiros quatro filmes de James Gray operam em retomada aos filmes americanos da década de 1970, os dois últimos (Era uma vez em Nova York e este, Z – A cidade perdida) parecem se identificar melhor com a Era de Ouro de Hollywood. “Clássico”…
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UM HOMEM E SEU PECADO
Por Guilherme Sarmiento Entre 1938 e 1945, George Bernanos viveu no Brasil. Então considerado um dos maiores escritores franceses vivos, o autor do aclamado romance Sob o sol de satã atravessou o Atlântico envolto nos miasmas pestilenciais soltos pela ascensão do fascismo e buscou na maior nação católica do planeta…
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A INTOCAVÉL ARTE DE SER HYPE
Por Flávio Reis Algumas obras cinematográficas ganham status de inquestionáveis. Críticos e fãs criam uma aura semelhante à de um conceito absoluto científico (ninguém questiona que dois mais dois tem por resultado quatro). Quando um filme, por exemplo, entra nesse grupo de obras inquestionáveis, temos o começo de um fenômeno comportamental…
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MULHER MARAVILHA
Por Elizângela Guimarães No dia 1 de Junho de 2017, estreou nas salas de cinema brasileiro o longa-metragem Mulher maravilha, dirigido por Patty Jenkins, sendo o primeiro filme protagonizado por uma super-heroina dos quadrinhos, nesta nova fase do universo DC no cinema. Este fato pesou como responsabilidade sob todos os…
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SISSAKO EM CACHOEIRA – SENSIBILIDADE E POLÍTICA
Foto: Erick Lawrence Por Fernanda Mathieu A arte de Sissako esbarra e segue em paralelo com uma produção política a partir do momento em que dá voz a realidades pouco experimentadas pelo Ocidente. Entende “Cinema Político” como militância audiovisual, em suas várias possibilidades de definição. Para Deleuze, por exemplo, o…
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A CRIADA
Por Matheus Leone Este texto contém revelações sobre os filmes “Oldboy” (2003) e “A Criada” (2016). O cinema sul-coreano conquistou seu espaço dentro do circuito de festivais europeus durante o fim da década de 1990 e início dos anos 2000. Esse período, apelidado de “Korean new wave”, serviu para estabelecer…
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CAFÉ COM CANELA – DOCE SABOR DA VIDA
Por Jean Walker O filme Café com Canela (2017), de Ary Rosa e Glenda Nicácio, nos traz, além de uma sutileza técnica na mise-en-scène tanto na atuação dos personagens quanto na cenografia e na fotografia da obra, a visão reflexiva sobre a vivência no recôncavo baiano. Um filme-escola, que dialoga…
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CAFÉ COM CANELA
Por Guilherme Sarmiento No Panorama Internacional Coisa de Cinema de 2016, o júri da competitiva baiana manifestou publicamente em seu parecer algumas críticas às obras realizadas no estado, considerando-as pouco reflexivas daquilo que se espera de um “cinema contemporâneo”. Meu comentário aqui vai por um outro viés, porque, no meu entender,…
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METEORANGO KID: O ANTI-HERÓI DO ANTISSISTEMA
Por Matheus Leone Sendo o cinema uma arte cara demais para não ser comercial, é natural que a experimentação sobre a forma cinematográfica, fora de um esquema industrial, tenha sido realizada por uma elite cultural nos anos 1960, que realizava obras voltadas para si. É natural também que esses filmes…
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METEORANGO – ASTRO DA CINEMATOGRAFIA BRASILEIRA
Por Sebah Villas-Bôas O filme Meteorango Kid: herói intergaláctico (1969, André Luiz Oliveira) constitui, isoladamente, um marco do cinema na Bahia. A importância de tal narrativa cinematográfica se potencializa ainda mais quando observadas as suas condições de realização, inseridas no fluxo da produção do cinema de autor, como definem alguns…
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ENTREVISTA COM ANDRÉ LUIZ OLIVEIRA
Alguns críticos consideram Meteorango Kid como um dos filmes que inauguraram uma estética (ou um movimento) chamado de Cinema Marginal. De que maneira você, hoje, vê a obra dentro desse contexto? Considera-se parte deste movimento? De fato, Meteorango Kid foi um dos primeiros filmes da geração do chamado Cinema Marginal…
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METEORANGA MEMÓRIA
Por Guilherme Sarmiento Assisti Meteorango Kid – o herói intergaláctico em meados da década de 1990, no Cinearte Uff. O longa-metragem de André Luiz Oliveira provocou tal impacto sobre meus instintos pós adolescentes que seus personagens ficaram longamente suspensos na poeira da imaginação e, até hoje, quando escrevo um roteiro,…
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CRISIS IN SIX SCENES
Por Matheus Leone Quando indagada “por que TV e por que agora?”, a diretora americana Ava DuVernay (indicada ao Oscar pelo filme Selma em 2015 e que este ano lança seu primeiro produto em formato televisivo, a série Queen sugar) respondeu: “porque é a era de ouro da televisão e…
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É APENAS O FIM DO MUNDO
Há sete anos, o franco-canadense de, na época, 20 anos, Xavier Dolan, estreava na direção de longas com o semiautobiográfico Eu matei minha mãe, um come of age marcado pela maneira furiosa que Dolan, que também é o ator principal do filme, se expõe emocionalmente para sua própria câmera –…
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CINEMA NOVO
Por Sebáh Villas-Boas Comercialmente rotulado no gênero audiovisual do documentário e, premiado no Festival de Cannes, Cinema novo (Eryk Rocha, 90’, 2016) é um filme pretensiosamente elaborado em sua montagem dinâmica, a fim de dialogar com outros sistemas simbólicos de saberes e práticas para a enunciação de mensagens na proposição…
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ENTREVISTA COM ANTÔNIO CARLOS FONTOURA
Essa entrevista foi realizada dentro do Projeto de Pesquisa Cinema Musical na América Latina, coordenado pelo Professor Doutor Guilherme Maia, onde foram planejados pequenos vídeos para abastecer o Site do Laboratório de Análises Fílmicas da UFBA. Participaram da entrevista, além de Guilherme Maia, Guilherme Sarmiento, André Félix e Artur Dias. Transcrição:…
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DE BRESSANE A CARLA PEREZ: MUSICAIS BIOGRÁFICOS NO BRASIL
Por Lucas Ravazzano de Mattos Batista Introdução A produção de musicais no Brasil passou por diferentes momentos ao longo da história da nossa cinematografia. Dos musicarnavalescos e das Chanchadas que começaram a partir dos anos de 1930, passando pelos filmes da Jovem Guarda em meados dos anos de 1960, até…
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DESCRENÇA E MÁGICA NO MUSICAL DE HOLLYWOOD
Por Euro Azevedo De algumas décadas pra cá, alguém que observasse o tema teria impressão de que o filme musical não se sustenta mais como gênero, como produto cultural de massa. De sua Era de Ouro até o nosso tempo, uma curva descendente representaria a diminuição na produção de filmes…
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CINEMA E CRÔNICA NO BRASIL
Por Luís Alberto Rocha Melo No cinema como na literatura, a palavra crônica apresenta muitos significados. Tanto pode nos remeter a um tipo específico de jornalismo, quanto a estilos de narração e propostas de dramaturgia presentes em filmes, gêneros ou traços recorrentes na obra de certos cineastas. Sem configurar propriamente…
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A IMAGEM VELADA – O INFORME LUMINOSO
Por Jacques Aumont Tradução Fernanda Aguiar C. Martins Revisão Eduardo Portanova O Banho de Luz: um “Véu” Luminoso É um nascer do sol, nada mais. Tema comum, até mesmo banal, no entanto se compreende o que nos é mostrado: não se trata apenas do retorno cotidiano do astro…
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O FENÔMENO “FAVELA MOVIE”
Por Rafael Beck Surgida a partir de um recorte social preconceituoso, patriarcal, racista, classista e desumano, a representação das favelas brasileiras se tornaram referência internacional pela violência associada ao tráfico de drogas. Mas essa percepção tem mudado de uns anos para cá. No Brasil, o número de moradores em favelas…
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CINEMAS REGIONAIS: UMA CARTOGRAFIA
Os ciclos regionais de cinema e o neoregionalismo cinematográfico-audiovisual ultraindependente brasileiro por André Gatti Existe um movimento interessante na história da produção, difusão e comercialização do cinema e do audiovisual no Brasil hoje, e que merece ser destacado e estudado de uma maneira mais conceitual e panorâmica. Aqui, primeiro vamos…
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ANTIRROTEIRO CINEMATOGRÁFICO
Por Eduardo Portanova e Danilo Fantinel Se a estética, matéria-prima do cinema, é o conhecimento pelo sensível, chamaremos de antirroteiro, nos inspirando em Ingmar Bergman e Jean-Luc Godard, o contraditório do roteiro. Mas não é nossa intenção esgotar – apontando o que é ou não antirroteiro – a análise de uma…
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CORES COMPLEMENTARES EM “PEDALANDO COM MOLIÈRE”
Por Mariana Lemos, Caio de Oliveira e Letícia de Sá Introdução O cinema é uma arte que possui o poder de envolver de forma especial aqueles que a assistem. Ao vermos um filme, nos desconectamos do mundo real e passamos a sentir e nos emocionar com os personagens que aparecem na…
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STORYBOARD DE ENCOSTO
Por João Marciano Neto Joel Caetano é um dos nomes mais relevantes do atual cenário do cinema marginal e independente brasileiro. Exercendo as funções de diretor, roteirista e ator, seu trabalho gira em torno da proposta de realizar bons filmes de gênero como ficção cientifica, suspense e terror com o mínimo…
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DOCUMENTÁRIO: O QUE DIZEM OS FESTIVAIS?
Por Ana Rosa Marques Desde os anos 2000 vem se comemorando uma maior presença dos documentários brasileiros na tela grande do cinema, um espaço que no nosso país antes era reticente ao gênero1. No entanto, devido ao seu caráter pouco afeito ao espetáculo e sem grandes esquemas de distribuição, é…
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QUATRO PEQUENAS HIPÓTESES SOBRE MOJICA
Por Lucio Agra Primeira Hipótese: Entender a parte colorida de Esta noite encarnarei o teu cadáver (1967) como um índice da presença da psicodelia, a ser desenvolvido, de forma sistemática, nos trabalhos posteriores, notadamente em O despertar da besta/Ritual dos sádicos (1970). Costuma-se dizer que, neste último, Mojica fez uso…
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BREVIÁRIO DO FANTÁSTICO NO BRASIL
Por Guilherme Sarmiento Filme ou literatura fantástica nem sempre serão “fantásticos”. Talvez essa confusão entre a concepção de um gênero substantivo e sua qualificação frente a um conjunto de obras canônicas tenha confundido os críticos a ponto de fazê-los menosprezar, ou mesmo renegar, a importância de obras marginais na elaboração…
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JEANNE DIELMAN, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles (1975)
Por Ian Gadelha Jeanne Dielman é um filme singular na história do cinema. É o filme do rigor, da expansão máxima dos pequenos gestos, do vazio, da repetição obsessiva e também, em menor grau, da diferença. Basta os primeiros minutos pra perceber que se está diante de um regime cinematográfico…
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ELLE
Por Matheus Leone “O Segundo Sexo”, escrito pela filosofa francesa Simone de Beauvoir, é um livro seminal para a construção do movimento conhecido como a segunda onda feminista, no qual a autora expõe a opressão de gênero através de uma recapitulação histórica. Esse livro é referenciado em Elle quando a…
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ROMPA O DELÍRIO: QUEBRE A VIDRAÇA
Por Fabio Rodrigues Filho O curta-metragem O Delírio é a Redenção dos Aflitos, dirigido por Fellipe Fernandes, acompanha o estresse acumulado de uma mulher há uma semana sem (poder) dormir. Ela, moradora de um apartamento popular de um conjunto habitacional prestes a cair sob sua cabeça, em meio ao já…
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XII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA
ÚLTIMO DIA Por Thacle de Souza Este não é um momento célebre. Não é um cinema da felicidade. A crítica, ela mesma, parece perder o sentido de leitura individual para uma construção de mundo coletiva. É uma expressão de dor que se instala. Não só pelas escolhas de narrativas fílmicas…
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GOODNIGHT MOMMY
por João Marciano Goodnight Mommy (Ich seh, Ich seh, no idioma original) é um filme austríaco que tem sido bem recebido por diversos festivais ao redor do globo. O suspense dirigido Serevin Fiala e Veronika Franz trabalha com menos de cinco personagens e uma tensão crescente na base de suspeitas…
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TALLULHA
Por Taís Moreira Um filme original e produzido pela Netflix, Tallulah, de Sien Heder vai mostrar como a maternidade pode se manifestar de maneiras diferentes em mulheres diferentes. A querida netflix é o amor e aconchego de muitas pessoas, quem nunca passou horas fazendo maratonas das séries ou filme de…
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DOS QUILOMBOS PARA AS TELAS:SEMINÁRIO CINEMA NEGRO BRASILEIRO
Por Dalila Brito Realizado no dia 21 de julho, no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, o II Seminário Cinema Negro Brasileiro, produzido por alunas e alunos negros, em parceria com o Cineclube Mario Gusmão e o Centro Afro…
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XII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA
QUARTO DIA – NOITE Por Matheus Leone Encerrando o quarto dia da mostra Competitiva Nacional, o Panorama trouxe a Cachoeira uma seleção de três filmes de diferentes regiões do país com histórias introspectivas de protagonistas inquietos em busca de agência em suas vidas. O primeiro deles foi o curta O…
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XII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA
QUARTO DIA Por Taís Moreira Nessa tarde de sábado, em Cachoeira-BA, a programação do Panorama Internacional Coisa de Cinema seguiu seu curso com mais três filmes; dessa vez todas obras de ficção. Dois contaram com a presença de realizadores, que responderam as perguntas da plateia, composta basicamente de estudantes da UFRB,…
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XII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA
Por Taís Moreira TERCEIRO DIA – NOITE Sexta feira, dia 11 de novembro, às 21 horas, começa a quarta mostra competitiva do Panorama internacional Coisa de Cinema. Novamente, dois curtas e um longa foram exibidos depois da vinheta que, como já foi dito, exalta as obras de Hector Babenco. Desta…
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XII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA
TERCEIRO DIA Por Taís Moreira Dando prosseguimento à programação do festival, na terceira mostra competitiva foram exibidos dois curtas e um longa, sendo eles Regeneração, de Humberto Carrão, Ótimo amarelo, de Marcus Curvelo e A cidade onde envelheço, de Marília Rocha. Os três filmes representavam de alguma forma suas respectivas realidades…
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XII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA
SEGUNDO DIA Por Matheus Leone A mostra competitiva do segundo dia do XII Panorama em Cachoeira começou duas horas depois do programado. Talvez para aproveitar a presença do realizador Thiago B. Mendonça, a exibição do seu longa Jovens infelizes ou um homem que grita não é um urso que dança,…
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XII PANORAMA INTERNACIONAL COISA DE CINEMA – CACHOEIRA
SESSÃO DE ABERTURA Por Matheus Leone Nos folders e na vinheta antes da sessão, os realizadores do XII Panorama Internacional Coisa de Cinema exaltam as obras do diretor Hector Babenco, falecido este ano e o homenageado desta edição do festival. Seus filmes Lúcio Flávio, o passageiro da agonia; O beijo…
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UM ASSUNTO MEIO DELICADO
Por Guilherme Sarmiento Assisti ao curta Um assunto meio delicado lendo Moedeiros falsos, de André Gide. Por isso não tenho como desvincular o pequeno tratado cinematográfico realizado por Marcelo Ikeda do romance de maior fôlego escrito pelo romancista francês, no início do século XX. Ambos estarão simultâneos em minha memória…
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BOI NEON
Por Melissa Silsame Boi neon parece ser um daqueles filmes que você gosta e não gosta ao mesmo tempo. Ou primeiro desgosta e depois passa a gostar, ou vice-versa. Os gostos aqui não importam muito. Temos nessa obra a história de Iremar (Juliano Cazarré), que vive trabalhando com os amigos…
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SECA
Por João Marciano Seca, de Maria Augusta Ramos, é uma contemplativa narrativa do ciclo da “não-água”. Percorrendo o cenário nordestino acompanhando um motorista de caminhão pipa o filme rastreia visualmente e politicamente o mapa do abandono e da sobrevivência das comunidades afastadas que dependem do veículo e de outras formas…
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ASPIRANTES
Por Melissa Silsame “Aspirante”: aquele que almeja ser, o que virá ou não a ser.” Buscando compreender o título do filme a ideia dele se torna ainda mais transparente para o espectador. Aquele que tem uma meta, um candidato a algo, porém está sujeito ao fracasso tanto quanto ao sucesso.…
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MATE-ME POR FAVOR
Por João Marciano Neto O filme de Anita Rocha da Silveira desperta mais curiosidade do que corresponde às expectativas originalmente criadas. Mate-me por favor começa com um drama e suspense bem promissor e uma protagonista que rapidamente conquista a atenção do público, entretanto, ao flertar com uma linguagem lynchiana e…
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